Outros tempos

"O maior defeito dos livros novos é impedir a leitura dos antigos." (Joseph Joubert)

sábado, 14 de novembro de 2009

Poesia para a infância







AUTOR(ES): Gomes, Alice, 1910-1983, compil.; Pinheiro, Costa, il.

PUBLICAÇÃO: [Lisboa] : Ulisseia, imp. 1955

ALICE GOMES
Escritora portuguesa natural de Granjinha (Tabuaço), estudou no Porto, cidade onde também foi professora. Foi casada com Adolfo Casais Monteiro. Começou a escrever no final dos anos vinte, tendo organizado, em 1955, a antologia Poesia Para a Infância. Traduziu o Principezinho de Saint-Exupery e dedicou-se, depois de 1967, exclusivamente à literatura infantil. Fundadora e dinamizadora da Associação Portuguesa para a Educação pela Arte, desenvolveu, através dessa Associação, diversos projectos pedagógicos considerados pioneiros.
Escreveu ainda As Histórias de Coca-Bichinhos (1967), Giroflé-Giroflá (1970), Os Ratos e o Trovador (1973).
O seu espólio foi doado pelo filho à Biblioteca Nacional.
COSTA PINHEIRO

Nasceu em Moura a 6 de Janeiro de 1932 e estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio. Em 1955 ilustrou “Poesia para a Infância”, antologia de Alice Gomes, Editora Ulisseia, e o romance de John Steinbeck “Noite sem Luta”, também da mesma editora. Realiza depois a sua primeira exposição individual na Galeria Pórtico, em Lisboa.
Em 1957, parte para Munique com outros artistas e expõe em conjunto e, no ano seguinte, expõe individualmente em Lisboa e no Porto.
Entre 1960 e 1962, é Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris e membro do Grupo KWY com René Bertholo, Lourdes de Castro, Jan Voss, João Vieira, Christo, José Escada e Gonçalo Duarte.
De regresso a Portugal, é preso por razões políticas no Forte de Caxias e em 1963 regressa a Munique..
Desde então, prossegue a sua actividade artística e em 1967 recebe o Prémio de Pintura B.P.A. - Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa.
Depois de 1969, afasta-se da pintura e dos meios do comércio das artes mas continua a trabalhar em diversos projectos artísticos em Portugal e na Alemanha. Em 1976, recomeçou a pintar. Realiza diversas exposições, recebe prémios e faz ilustração de livros (“Cartilha do Marialva” de José Cardoso Pires).


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Maria Cecília Correia




Histórias da minha rua / Maria Cecília Correia ; il. Maria Keil Amaral

AUTOR(ES): Correia, Maria Cecília; Keil, Maria, 1914-, il.
PUBLICAÇÃO: Lisboa : Portugália Editora, [195-]



Maria Cecília Correia Borges Cabral Castilho (1919-1993) nasceu em Viseu e faleceu em Lisboa. Conhecida nos meios literários por Maria Cecília Correia, dedicou-se sobretudo à Literatura Infantil. Deixou um conjunto de livros inspirados no real, no quotidiano e cujas histórias têm como tema o mundo da criança: a beleza, o sonho e a magia.
Destacam-se na sua obra as Histórias da Minha Rua (Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho), Histórias de Pretos e Brancos, Histórias do Ribeiro, O Coelho Nicolau, Amor Perfeito e O Besouro Amarelo. Para adultos, publicou Pretérito Presente e Presença Viva. Colaborou na revista Modas e Bordados e no Diário Popular. A escritora apoiou várias organizações ligadas à criança, participando com outros escritores na celebração do Dia Internacional do Livro para a Infância e Juventude. Muitos dos seus textos foram inseridos na exposição Brincar Através da Pintura, no Centro Infantil Artístico da Fundação Calouste Gulbenkian.



Maria Cecília Correia. [Consult. 13-11-2009]. Disponível em ttp://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/cecilia.htm

Maria Keil
Maria Keil nasceu em Silves. Frequentou o curso de Pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa, onde foi aluna de Veloso Salgado. Em 1933 casou com o arquitecto Francisco Keil do Amaral.
Acompanhou F. Keil do Amaral toda a vida, desde que casaram muito novos e viajaram juntos, começando por uma permanência em Paris quando F. Keil ganhou o Concurso para o Pavilhão de Portugal da Exposição Universal de Paris, de 1937.
Fez pintura, sobretudo retratos; publicidade
; tentativas de renovação da talha em madeira para móveis e desenho de móveis; decoração de interiores; cartões para tapeçarias (Hotel Estoril Sol, TAP de Nova Iorque, Copenhaga, Madrid, Casino Estoril, etc.); pinturas murais a fresco; cenários e figurinos para bailados; selos; azulejos (Metropolitano de Lisboa, Av. Infante Santo, TAP de Paris e Nova Iorque, União Eléctrica Portuguesa, Casino de Vilamoura, Aeroporto de Luanda, etc.).
Ilustrou numerosas obras, nomeadamente livros para crianças. Fez desenhos para as colectâneas sobre Bernardim Ribeiro, Castro Alves, Olavo Bilac e Tomás António Gonzaga, integradas na colecção As mais belas poesias da língua portuguesa.
Escreveu e ilustrou três livros para crianças e dois para adultos: O pau-de-fileira, Os presentes e As três maçãs; Árvores de domingo e Anjos do mal.
Fez também ilustrações para revistas, nomeadamente Panorama, Seara Nova, Vértice, Ver e crer e Eva. As suas obras têm sido expostas em exposições, individuais e colectivas.


Maria Keil. [Consult. 13-11-2009]. Disponível em
http://tipografos.net/portugal/maria-keil.html


Histórias da Minha Rua (1953), de Maria Cecília Correia, foi o seu primeiro livro com ilustrações exclusivamente pensadas e sentidas para crianças. O recorte das figuras, a simplicidade dos motivos, a ausência de claro-escuro, os fundos neutros e a estilização graciosa e directa, característicos da linguagem gráfica de Maria Keil, aí se revelaram com pujança.
Para um observador muito exigente, talvez o figurino de um automóvel ou o traje de algumas figuras permitam datar as ilustrações. Nada pior para Maria Keil, que entende que «não há nada mais difícil que fazer os desenhos para ilustrar os textos», na medida em que se trata de um «trabalho difícil e perigoso» pois «se não é muito bom, fica datado
».


Maria Keil. [Consult. 13-11-2009]. Disponível em http://purl.pt/708/1/maria-keil-01.html

sábado, 7 de novembro de 2009

História de um bago de uva




História de um bago de uva / Patrícia Joyce ; il. José de Lemos

AUTOR(ES):
Joyce, Patrícia, pseud.; Lemos, José de, 1910-1995, il.

PUBLICAÇÃO: Lisboa : Soc. de Expansão Cultural, 1958



Patrícia Joyce

Nome: Dagmar Joyce Damas Mora
Pseudónimo: Patrícia Joyce
Nascimento: 1913, Lisboa
Morte: 1985, Lisboa



Ficcionista, tradutora (traduziu Gorki, entre outros autores), poeta e autora de literatura infantil, nascida em 1913, em Lisboa, e falecida em 1985, na mesma cidade, Dagmar Joyce Damas Mora adoptou o pseudónimo Patrícia Joyce.

Foi, até 1975, membro da comissão de leitura das Bibliotecas Gulbenkian.

Integrando uma geração de escritoras reveladas no período do pós-guerra, Patrícia Joyce oferece, sob o ponto de vista intimista da mulher narradora, uma ficção de cunho realista e de temática sentimental, esboçada sobre um contexto social e historicamente marcado.Bibliografia: Anúncio de Casamento e Outras Novelas, Lisboa, 1947; A Maior Distância, novelas, Lisboa, 1952; O Pecado Invisível, romance, Lisboa, 1955; O Incendiário, novela, Lisboa, 1956; Rapsódia Indecisa, Lisboa, 1958; O Dilúvio, Lisboa, 1968; Terra, Gente e Quase Gente: Cenas Vividas, Lisboa, 1980; O Livro da Comadre Cegonha, Lisboa, 1955; História de um Bago de Uva, Lisboa, 1958; Auto da Joanita e a Fonte, peça em um acto e um quadro, Lisboa, 1970; Romance da Gata Preta. Fábulas e outras Poesias, Lisboa, 1971; Gabriel dos Cabelos de Oiro e Outras Histórias, Lisboa, 1983; Arca Transitória, s/l, 1985

Patrícia Joyce. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-11-09].Disponível em http://www.infopedia.pt/$patricia-joyce




José de Lemos

Desenhador, contista e ilustrador, José Neves de Lemos nasceu no dia 23 de abril de 1910 e faleceu em 1995.
Foi um autor humorístico-satírico que foi durante muitos anos responsável pela Página Infantil do Diário Popular. Também colaborou no jornal infantil O Papagaio. Criou em 1931 a personagem de Fox, um cão detective herói de histórias aos quadradinhos : «Aventuras de Fox, o Cão Detective».
Ilustrador de livros para crianças, é o autor de «O Sábio Que Sabia Tudo» em 1944 e de «Histórias e Bonecos» em 1947.
Outras obras de José de Lemos para crianças : «O Compadre Simplório Tem os Pés Tortos», 1959, «Histórias de Pessoas e Bichos», 1959, «Seis Pequenas Histórias de Amizade», em 1979.

José de Lemos. [Consult. 7-11-2009]. Disponível em
http://etablissements.ac-amiens.fr/0601178e/quadriphonie/spip.php?article1306

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O vale dos encantos



AUTOR(ES): Lamas, Maria, 1893-1983
PUBLICAÇÃO: Lisboa : Universo, 1942

Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas (Torres Novas, 6 de Outubro de 1893 - Lisboa, 6 de Dezembro de 1983) foi uma escritora, tradutora, jornalista e portuguesa.
Maria Lamas iniciou os seus estudos na sua terra natal, onde viveu até aos dez anos de idade. Viveu também em Luanda até 1913. Durante a sua vida passou também por Paris, onde conheceu Marguerite Yourcenar.
Em 1921 casou em segundas núpcias com o jornalista Alfredo da Cunha Lamas de quem teve uma filha chamada Maria Cândida. Do primeiro casamento (1911 – 1919) com Ribeiro da Fonseca teve duas filhas.
Nas suas obras utilizou diversos pseudónimos como, Maria Fonseca, Serrana d’Ayre e Rosa Silvestre.
São especialmente dignos de nota as suas obras na literatura infantil.
Como jornalista trabalhou em diversos jornais e revistas como “A Joaninha”, “A Voz”, “Correio da Manhã”, suplemento do jornal o Século intitulado “Modas e Bordados” e na revista “Mulheres”, da qual foi directora.


Maria Lamas. In Wikipedia [em linha]. [Consult. 2009-11-04]. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_da_Conceição_Vassalo_e_Silva_da_Cunha_Lamas

A Flor Azul


AUTOR(ES): Losa, Ilse, 1913-2006; Bonito, Mário, il.
Porto : Liv. Figueirinhas, [D.L. 1955]
COLECÇÃO: Contos para as crianças ; 13


Ilse Losa
Ilse
Lieblich Losa (Melle-Buer, 20 de Março de 1913 — Porto, 6 de Janeiro de 2006) foi uma escritora portuguesa de origem judaica. Nascida na Alemanha, frequentou o liceu em Osnabrück e Hildesheim e mais tarde um instituto comercial em Hannover.
Ameaçada pela Gestapo de ser enviada para um campo de concentração devido à sua origem judaica, abandonou o seu país natal em 1930. Deslocou-se primeiro para Inglaterra onde teve os primeiros contactos com escolas infantis e com os problemas das crianças.
Chegou a Portugal em 1934, tendo-se fixado na cidade do Porto, onde casou com o arquitecto Arménio Taveira Losa, tendo adquirido a nacionalidade portuguesa.
Em 1943, publicou o seu primeiro livro "O mundo em que vivi" e desde dessa altura, dedicou a sua vida à tradução e à literatura infanto-juvenil, tendo sido galardoada em 1984 com o Grande Prémio Gulbenkian para o conjunto da sua obra dirigida às crianças. Em 1998 recebeu o Grande Prémio de Crónica, da APE (Associação Portuguesa de Escritores) devido à sua obra À Flor do Tempo.
Colaborou em diversos jornais e revistas, alemães e portugueses, está representada em várias antologias de autores portugueses e colaborou na organização e traduziu antologias de obras portuguesas publicadas na Alemanha. Traduziu do alemão para português alguns dos mais consagrados autores.
Segundo Óscar Lopes "os seus livros são uma só odisseia interior de uma demanda infindável da pátria, do lar, dos céus a que uma experiência vivida só responde com uma multiplicidade de mundos que tanto atraem como repelem e que todos entre si se repelem".

Ilse Losa. [Consult. 2009-11-04]. Disponível em http://www.wook.pt/authors/detail/id/293


Mário Bonito (arquitecto)

Detentor de uma personalidade forte e de uma capacidade criativa invulgar, Mário Bonito nasceu a 18 de Março de 1921 e ingressou na Escola Superior de Belas Artes, onde permaneceu de 1936 até 1948. A sua obra, concentrada maioritariamente na década de 50, caracteriza-se por uma aplicação pioneira dos princípios modernistas em Portugal, motivo por si só capaz de justificar a necessidade de estudar a vida e obra deste arquitecto.Apesar da sua obra, Mário Bonito distingue-se também pela intervenção activa e importante no decurso e discussão da arquitectura moderna em Portugal. Um ano após a conclusão da sua licenciatura participa no Congresso Nacional de Arquitectura de 1948, onde publica duas teses “Regionalismo e Tradição” e “Tarefas do Arquitecto”. No mesmo ano, Mário Bonito torna-se membro da ODAM (Organização dos Arquitectos Modernos).

Mário Bonito [Consult. 2009-11-04] Disponível em http://arquitecturaempessoa.blogspot.com/